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CATALOG OF ORIGINAL DESCRIPTIONS: Planomalina mauryae Petri 1962

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Planomalina mauryae

Citation: Planomalina mauryae Petri 1962
taxonomic rank: Species
Described on page(s) : 116-7
Type specimens: XVI, fig. 1-4

Current identification/main database link: Planohedbergella aspera (Ehrenberg, 1854)


Original Description

Testa livre, planospiral, profundamente biumbilicada, involuta a parcialmente evoluta; esboço lobulado. Câ­maras esféricas, com tendência a se prolongar para a região umbilical, em número de 5 a 7 na última volta do corpo, sendo 6 o número mais comum. Suturas radiais, retas e profunda­ mente deprimidas. Periferia arredondada. Parede calcária, finamente perfurada com superfície rugosa, onde se notam pe­quenas projeções espinhosas. Abertura equatorial (V . Bolli, Loeblich e Tappan 1957, p. 14), interiomarginal, constituída por um largo e baixo arco na base da câmara, estendendo-se de um umbilico para o oposto, passando pela periferia e com ex­ tensões laterais dirigidas, posteriormente, para a região umbi­lical; esta abertura é circundada por um lábio proeminente, virado para cima; as porções umbilicais das aberturas das câ­ maras anteriores permanecem como aberturas suplementais, juntamente com seus lábios proeminentes depois das câmaras sucessivas terem coberto as porções principais dessas abertu­ ras.

Size:
Espécimes figurados: 1) Diâmetros 0,33 mm e 0,25 mm; espessura 0,17 mm. 2) Diâmetros 0,31 mm e 0,28 mm; espessura 0,14 mm. 3) Diâmetros 0,28 mm e 0,21 mm; espessura 0,13 mm. 4) Diâmetros 0,26 mm e 0,22 mm; espessura 0,13 mm. O diâmetro, em geral, tende a se situar entre 0,26 mm e 0,28 mm.

Etymology:
A espécie é dedicada a Dra. Carlotta Joaquina Maury a qual trouxe contribuição inestimável ao conhecimento do Cretáceo do Nordeste com suas valiosas monografías sobre os macrofósseis desta região.

Extra details from original publication
Observações — As “aberturas relíquias” das câmaras na região umbilical são bem visíveis em nossos exemplares, principalmente nos provenientes da sondagem de Aracaju. Êste caráter é típico do gênero Planomalina. Segundo Bolli, Loeblich e Tappan (idem, p. 23), Planomalina difere de Biglobigerinella Lalicker, por possuir “aberturas relíquias” extremamente proeminentes e possuir uma única abertura primária. Raros exemplares de nossa coleção mostram abertura primária dupla e ocasionais subdivisões das câmaras (Est. XVI, fig. 2) Esta abertura dupla está, contudo, disposta na região equatorial e não lateralmente como em Biglobigerinella. Esses raros exemplares anômalos mostram que êsses dois gêneros estão intim am ente relacionados; aliás êsse é o ponto de vista dos autores acima que os colocam na subfamilia Planomalininae.

Brõnnimann (1952, p. 42-52) descreveu muitas formas de Trinidad, com o nome de Globigerinella. Êsses estudos foram continuados por Bolli (1959 p. 259-263) Devido à relativa proximidade geográfica com o Cretáceo de Sergipe, procuramos comparar essas formas com nossa Planomalina. Infelizmente não verificamos nenhum ponto de semelhança entre as formas de Trinidad e as de Sergipe.

A nossa espécie difere da forma típica de “Globigerinellamessinae Brõnnimann, por ser menos deprimida e pelo esboço mais arredondado das câmaras. A diferença na forma das câmaras se ressalta mais na vista apertural. Em relação à variedade subcarinata da mesma espécie, a diferença é ainda mais marcante.

Ela também diferencia-se de “Globigerinellaescheri (Kaufmann porque a tendência para a testa se tornar evoluta é menos desenvolvida, a testa é menos deprimida não havendo a compressão lateral das câmaras bem visível nas vistas aperturáis de “G” escheri (Kaufmann). Além disso, o aumento do tamanho das câmaras é mais brusco, a superficie da testa é mais rugosa e a abertura mais distinta na nossa especie. A forma de clava das câmaras da variedade clavata de “G” es­ cheri afasta-a prontamente da espécie sergipana.

Ela difere de “G”. tururensis Brõnnimann, por ser mais circular em vista lateral com um esboço mais lobulado, aumen­to mais brusco das câmaras e pelas suturas radiais e não oblíquas como na forma de Trinidad.

A forma brasileira diferencia-se de Planomalina caseyi Bolli, Loeblich e Tappan, do Cretáceo Superior da América do Norte e da Europa, pelo número geralmente menor de câmaras por volta do corpo, as quais são mais infladas, aumento mais brusco das câmaras e pela parede rugosa.

A nossa espécie é muito afim, se não coespecífica, a diversas formas descritas do Cretáceo Superior de grande número de localidades da Europa e América, com o nome de “Globigerinella” aspera (Ehrenberg) De acordo com Brõnnimann (idem, p. 48), “Rotalia” aspera Ehrenberg pode em parte, representar espécies de “Globigerinella” (= Planomalina) do Cretáceo Superior Contudo as descrições e as figuras de Ehrenberg são inadequadas e o nome aspera, portanto, não deveria ser usado a não ser quando o material de Ehrenberg for revisto e um lectótipo designado.

Cole (1938, p. 35, est. 4 fig. 5) cita e figura mas não des­ creve uma forma do Cretáceo de Flórida, como G. aspera (Ehrenberg) Ela provém da formação Selma, equivalente a formação Taylor do Texas, de idade campaniana (Schuchert 1943, p. 960) Esta forma parece ser um tanto mais involuta que a nossa.

Do Campaniano da Califórnia provém uma forma descrita e figurada por Bandy (1951, p. 508, est. 75, fig. 31) como Globigerinella aspera (Ehrenberg) Da mesma maneira como a forma de Flórida, ela parece ser um tanto mais involuta que a nossa. A forma de Minnesota descrita por Bolin (1956, p. 294, est. 39, fig. 9-11) como G. aspera (Ehrenberg), lembra nossa forma. Também aqui o fóssil provém de leitos do Santoniano-Campaniano (idem ,p. 285) Distingue-se de P. mendezensis Olvera, do Campaniano e Maestrichtiano do México por ser menos deprimida e pela forma mais esférica das câmaras (Olvera, 1959, p. 92, est. IV, fig. 9, 10, 11)

Ocorrência — Esta especie é muito comum em testemunho da sondagem de Aracaju, a profundidade de 96,50 m; cêrca de urna centena de indivíduos pôde ser coletado nêste testemunho. Ela é mais rara na sondagem Itatig 1, intervalo de 103-114 m e no afloramento tipo da Formação Calumbi, no km 438 da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (Al)

References:

Petri, S. (1962). Foraminiferos Cretaceous de Sergipe. Boletim da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Geologia. 265(20): 1-140. gs


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